Páginas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uma verdade clichê

Mergulhada em teus olhos por meio de lembranças que eu não queria recordar, procuro a outra metade do meu coração, mas me perco em palavras... As frases ficam cortadas ao meio por sentimentos desmanchados e soprados no vento do esquecimento, assim como eu. Escutando a mesma música, olhando a mesma foto, me sinto culpada - mesmo não sendo culpa minha. Quando digo que me sinto só, quero dizer na verdade é que sinto falta de você. Pedaços de memórias perdidas, uma caneta e um papel; É só o que basta pra mim agora. Queria não sentir mais isso, mas por mais cômica, ridícula e irônica que seja essa frase, eu não mando no meu coração. Por isso que ando sofrendo, estou forçando o meu coração demais a ridicularizar esse sentimento, agora inútil. Papéis rasgados, muros desmoronados, esperanças perdidas... Me sinto só sem você, tudo numa frase só; Sem palavras perdidas, sem frase cortada ao meio. Uma verdade doída, sofrida e cheia de mágoas... Uma verdade clichê. Concentrada nos meus textos sem parágrafos que juntei e fiz uma ideia só, vejo que palavras não dizem absolutamente nada. Fecho os olhos e vejo o que não quero ver... Realmente, o tempo me tortura sem você. O vazio se torna chato, e os textos são só clichês. Uma esperança que esqueceu, um sonho que morreu. E o pior de tudo é que pra você é tão fácil ridicularizar isso tudo... E eu queria ser igual a você nesse aspecto, porém, só nesse aspecto. Um jorro de palavras, um jarro de flores, atitudes desperdiçadas... Agora só escuto o tamborilar dos meus dedos na escrivaninha. Porém, entre um devaneio e outro, pouco a pouco afugento as esperanças indomáveis do nosso destino que se partiu em dois; Penso que pra você, blefar é comum. Mas saiba que nada disso é em vão e um dia, assim como eu, alguém partirá o seu coração.
Adeus meu amor, até qualquer dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem vindos. Divirta-se!