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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Auto-diagnosticando: Tripolar

Ah love

"Mas mesmo se eu me apaixonasse novamente
Por alguém diferente
Provavelmente nunca seria da forma
Que eu amei você."


    
    Esse buraco tapado por inverdades ainda dói muito; Ecoa e treme todo o meu corpo em resposta dos seus gritos de silêncio... O que posso fazer? Esse "você" não me merece. Teu coração congelado conseguiu esmagar o fio que me mantinha presa à ti, selando os meus lábios e sufocando o que naquela tarde de Domingo eu havia lhe dito.
    Será que você ainda vem aqui? Bom, não tenho muitas esperanças. Mas se está lendo isso, prazer: Esse é o meu lado escuro que eu estava tentando esconder. Ele nunca desapareceu, meu corpo apenas arranjou uma forma de me manter exageradamente bem, uma defesa... O que não me impedia de pensar o quanto eu gostaria de aquecer esse coração e mudar tudo. Mas a bipolaridade é composta por dois lados, não é mesmo? O lado escuro uma hora tinha que aparecer. E essa escuridão está engolindo o meu ser e antes que não me reste nada, gostaria de dizer que eu estou me auto-diagnosticando. Sim... Um diagnóstico feito por mim, leiga e louca.
    Minhas conclusões são feitas com o meu eu, de acordo com a pouca sanidade que me resta: Tripolaridade. Três pólos divididos em euforia, depressão e amor. Não que nos outros dois pólos o amor não exista, mas às vezes o amor é tão forte, que eu não consigo sentir mais nada... E por mais de doa, que dê uma depressão fortíssima ou até uma leve distimia, ainda é amor... E pra isso, não existe remédio.
    Sinto lhes dizer, caros leitores, não há cura. E também não há como se prevenir! É como uma maldição: Após afetado pelo amor verdadeiro, você nunca mais será o mesmo. Mesmo que isso te mate ou que exalte a tua beleza, ele sempre estará la, espreitando, pronto para te atacar... E quando ele o fizer, nada mais importará... Mesmo que lágrimas caiam ou sorrisos abram-se. É como uma chama lambendo todo o seu ser, que às vezes até tem o poder de corroer e te manter prisioneiro de uma dor.
    E assim vou vivendo... Infectada de amor não-recíproco, com as poucas esperanças que me invadem com ele, feito erva daninha... Me dizendo: "Fique aí, continue tentando"... E mesmo calada e sem demonstrar nenhum efeito dessa doença, eu sei que meu fardo será nunca desistir.



I hate you, don't leave me - Demi Lovato