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domingo, 12 de julho de 2015

Ao vento que te trouxe pra cá: Só peço que não volte jamais...


    true asffff *relationship goals*

"Eu não me importo com o quão complicado está se tornando,
Eu continuo querendo você..."


    Sinto ciúme sim. Sinto ciúme até do seu passado e da forma como ele tenta se mesclar ao presente. Mas de início, gostaria de revelar: Nunca senti isso tão forte como sinto por você.
    Leio os gritos da sua alma numa tela de notebook e mesmo que eles marquem "há três anos atrás", me fere como lâmina instantaneamente afiada, fincando no meu peito e gelando meu corpo todo... Assim me sinto quando algo fere a minha alma... E ler a sua alma ali, exposta por palavras digitadas na página do seu passado, me fez sentir essa dor que não me aflige há muito... É como um coração que é partido, mas obrigatoriamente tem que continuar batendo, sabe? Está lá, por um fiozinho de músculo, mas está lá: Batendo, em frangalhos.
    E quando eu vejo coisas ditas no seu passado para outra que você diz pra mim hoje, é como se fosse cópia... Como se seu sentimento fosse pressionado numa impressora e dado para mim: Certos apelidos, certas músicas... As mesmas. As palavras? As mesmas. A gente não deveria amar cada um diferente? Como saberei que o "eu te amo como nunca amei ninguém" vem de um amor realmente intenso e inédito, nunca sentido por você?
    No momento, com uma estaca em meu peito e o frio na minha alma, eu observo tudo. Parece que eu gosto de fincar mais essa estaca, sabe? Meu cérebro me sabota. Me faz pensar que ele não esteve comigo porquê ela voltou e quer conversar... Cérebro defeituoso, máquina de loucura... Que quem sabe no fundo não tenha um pouco de verdade? Afinal, a gente sempre tem um certo afeto pelo nosso primeiro amor... Será que ele ainda ama seu passado? Fica lembrando dos momentos vividos naquele tempo, naqueles cinco-quase-seis-anos que me torturam tanto hoje?
    Meu ciúme é medo de perder... Não se pode lutar contra um verdadeiro amor. E se ele ainda quer ela, quer voltar à viver com ela e tomar os banhos divertidos ou comer a comida dela, eu nunca vou poder impedir. Porquê só eu sei o que eu passei e o quanto um coração pode ser traiçoeiro... Mas não o dele. O dele nunca seria e nem nunca será... A pureza do seu amor talvez faça com que os gestos se repitam, mas o sentimento pode não ser o mesmo. E se ele diz que me a a como nunca amou ninguém, devo acreditar... E não fazer minha alma sangrar enfiando essa estaca de insegurança e ciúme. Afinal você fez e faz tanto por mim... Mas e se também fez por ela?
    Coração e cérebro discutem incessantemente. Porquê o ciúme abala tanto a minha segurança e lógica? Meu passado também me influencia, veja só: Tenho medo de ser magoada novamente... Ou dessa vez até trocada. Não quero mais sentir essa dor da perda... Mas parece que cada vez que me torturo lendo os gritos da sua alma na página do seu passado, eu sinto essa dor mais perto... E a proximidade disso dói bem mais. É como se aproximar do abismo sabendo que vai cair...
     Mas dessa vez, não sabe se vai resistir.

O Vento - Projota