E aí eu vi a claridade. Era uma clareira enorme e eu pude ver uma linda estrela cadente... Ainda estava naquela atmosfera clara e eu ainda não sabia se era crepúsculo ou amanhecer, mas o clarão indicava: Talvez aquela linda estrela me guiasse para casa, para que eu saísse daquele frio e pudesse aguardar em um lugar seguro... E então eu percebi: Me aconcheguei em seus braços e aquele dali era o lugar mais seguro em que eu poderia estar. Mergulhei em seus olhos e me senti em casa, como se eu tivesse retornado para o lugar certo. A estrela sumiu; Era só você, me guiando para que eu pudesse te ver... E mesmo insegura, eu lhe disse as mais verdadeiras palavras e meu coração doeu. Você beijou meus lábios e eu senti meu corpo tremer por inteiro, querendo congelar aquele momento, mas tudo era tão incerto... Por mais que nossos lábios estivessem na mesma sintonia, nossos corações não estavam e foi aquilo que mais doeu em mim...
Não sou rainha do tempo e errei muito para aprender a captar indícios de "caminhos certos". Mas há cinco meses atrás, por que eu não enxerguei essa clareira? Por que eu não vi essa estrela cadente e não entendi tudo? As borboletas no meu estômago nem me deixam pensar direito; Dominaram meu corpo e sei que cada uma delas pode se tornar uma estaca afiada e machucar cada pedaço do meu ser. Mas mesmo cheia de receio, nada mais importa... Por essa estrela cadente vale a pena. Vale a pena correr o risco de ficar bem mais esmigalhada do que já estou, vale a pena focar nisso e tentar recuperar tudo. Porque ele vale a pena... Pois o equilíbrio que ele me dá é sem igual.
Então, eu sigo andando... Talvez tenha mais uma clareira, talvez ele desista de mim... O importante é que eu estou pondo todo o esforço do meu ser para ter o amor da minha vida de volta, só para mim. E poder repousar, numa eterna claridade, nesse lindo porto seguro...
Tudo pra mim - Lu Alone
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