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domingo, 10 de julho de 2011

A descrição (ou não) de mim

Me deixe gritar, bater no peito e lutar pelo que perdi. Me dê notas médias e poemas manchados de dor, que num minuto eu te mostro o amor.
Não quero falar sobre quem eu quero ser, sobre o quanto estou sendo clichê ou muito menos da adolescência. Quero falar do que der vontade, quero falar do meu, quero falar do que ninguém vai ler.
Não me dê uma folha de papel em branco acompanhada de uma caneta, porquê talvez eu mergulhe tão profundamente que será bem provável que eu não lhe diga nada. Não fale que me conheça pois sempre há um pedaço meu pra mim. Não tente me colocar pra cima; Seu pensamento jamais mudará o meu.
Tantas vezes fútil, influenciável. Tantas vezes dor, felicidade, amor, nada com nada. Bipolaridade não é o seu nome e nem parte de quem falo, mas talvez tripolaridade, quadripoliradade numa pessoa volúvel, mutante. Ou talvez só mais alguém com mais um blog que ninguém lê.
Eu falo do eu por trás dos textos, eu falo de mim. Falo da pessoa através de cada sentimento expresso com 0,05% do todo que posso mostrar. Matemática não é o seu forte.
Palavas não dizem nada e textos muito menos. O frio da solidão açoita à madrugada e eu sinto cada vez mais a minha dor que ninguém pode ver. Posso ser nada, posso ser ninguém. Posso ser tudo, posso ser alguém. Não posso ser nós, não mais. Ou talvez nunca fui! Ou talvez, só talvez, eu seja a garota que você perdeu.
Mas acho mesmo que eu apenas perco meu tempo tentando descrever algo que é tão...
Eu.

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