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domingo, 13 de março de 2011

Meu pai, meu herói

Eu tinha apenas 3 anos e meio quando ele foi embora, devido ao seu trabalho. Quase todos os dias eu chorava... E era um choro de emoção, tristeza e principalmente, de saudade.
Quando ele ligava, minha mãe sempre passava o telefone para mim e para meu irmão. As vezes, quando fazíamos malcriação, ele sempre nos dava uma bronca, mas não era aquela bronca típica dos pais, não! Era aquele tipo de bronca que faz você ficar pensando, independente da idade que tenha... É justamente aquela bronca feita com a voz madura e suave de um pai, que faz agente ficar consciente dos nossos erros e chorar.
E como eu chorava ao telefone... Não só quando ele me dava broncas. Quando ele dizia que estava com saudade e que me amava. Na minha cabeça infantil, eu me perguntava porque papai não podia ficar comigo.
Foram longos 4 anos sem meu herói. Sim, meu herói. Porque foi ele que deu o apelido mais medonho e mais engraçado que eu já recebi, foi ele que cantava cantigas de ninar para eu adormecer e sempre será ele que será a minha inspiração, e é com muita certeza que digo que será com ele que eu passarei tardes de Domingo assistindo os jogos do nosso Flusão. Assim como será com ele que eu vou chorar abraçada quando eu sentir saudade do tempo em que eu era só uma criança e o abracei, quando ele voltou pra casa com um enorme sorriso no rosto.
Hoje, sub-oficial da marinha... Não viaja mais, trabalha na base.
Pai, eu te amo... Você sempre será meu exemplo que eu mais tenho orgulho, minha vida... Meu herói.

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