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sábado, 26 de março de 2011

Anestésicos e Cura

Respirações entrecortadas de dor. Lembranças amarguradas sempre manchadas por amor. Por um amor que eu pensei ser verdadeiro... Quiçá um dia eu tenha um como eu pensei que tinha?
Minhas lamentações desapareceram... O vento e o tempo as levaram, bem lentamente. Pensei que esse buraco em meu peito ficaria latejando nas bordas pelo resto da minha vida, tamanha era a dor.
Meu anestésico? Em grande parte, a minha felicidade. Minha cura? O meu amor por mim mesma.
E meus rascunhos foram como se aos poucos eu fosse colocando minha dor no papel... Ou até mais que isso! Meus rascunhos até podem ter sido parte de meus anestésicos... Mas não me deixavam feliz. Meus rascunhos também foram parte da minha cura, pois cicatrizaram a ferida, começando pelas bordas e costurando aos poucos.
Hoje, eu sei que estou curada e tenho certeza que essa ferida não irá ser aberta. Não por que eu desisti de amar, e sim por que eu desisti de sofrer; De me doar mais que o outro alguém; De tentar tirar defeitos que uma pessoa tem.
Ficar sozinha me fez pensar... Mas a companhia de quem eu amo, fez com que a dor cessasse, mesmo que não fosse por inteira. A companhia de quem eu amo, também serviu de anestésico; Mas dessa vez, me deixava feliz.
Mas o que fez o buraco em meu peito cicatrizar mais rápido do que estava cicatrizando, foi a minha certeza de que eu não te amo mais.
E estou feliz assim.

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